29.7.10
28.7.10
26.7.10
22.7.10
"Gota a gota tomba o silêncio. Condensa-se no telhado da mente e cai por tanques de água abaixo. Para sempre sozinho, sozinho, sozinho – ouço o silêncio tombar e espalhar seus círculos até os mais longínquos recantos. Saciado e repleto, sólido na satisfação da meia-noite, eu, a quem a solidão destrói, deixo que o silêncio tombe gota a gota".
20.7.10
16.7.10
"I am very much aware of my own double self... The well-known one is very under control; everything is planned and very secure. The unknown one can be very unpleasant. I think this side is responsible for all the creative work — he is in touch with the child. He is not rational, he is impulsive and extremely emotional. Perhaps it is not even a "he," but a "she."
"I wanna have an artistic lover to write on my body, so my skin can go on telling our story."
ama-se uma mulher antes mesmo de defini-la. visualiza-se um corpo antes mesmo de tocá-lo; e uma mente, antes mesmo de ser concebida.
e dos poetas e artistas que foram fulminados por belas mulheres e por belas paixões, perdura em mim a natureza semelhante e a consciência do desconhecido ser a condição do afeto.
15.7.10
“Meu filme não é nem uma denúncia nem um sermão. É uma história contada por imagens e eu desejo que se possa ver não o nascimento de um sentimento enganador, mas o modo pelo qual podemos nos enganar nos sentimentos. Pois, repito, nós utilizamos uma moral envelhecida, mitos caducos, velhas convenções. E isso de plena consciência. Por que nós respeitamos uma tal moral?
A conclusão à qual meus personagens chegam não é a anarquia moral. Eles chegam, na verdade, a uma espécie de piedade recíproca. Isso também é velho, vocês me dirão. Mas o que nos resta se isso?
Por exemplo, o que vocês crêem que seja esse erotismo que invadiu a literatura e o espetáculo? É um sintoma, o mais fácil de perceber talvez, da doença que afeta os sentimentos.
A conclusão à qual meus personagens chegam não é a anarquia moral. Eles chegam, na verdade, a uma espécie de piedade recíproca. Isso também é velho, vocês me dirão. Mas o que nos resta se isso?
Por exemplo, o que vocês crêem que seja esse erotismo que invadiu a literatura e o espetáculo? É um sintoma, o mais fácil de perceber talvez, da doença que afeta os sentimentos.
Nós não seríamos eróticos, ou seja, doentes de Eros, se Eros fosse uma boa saúde. E, dizendo boa saúde, quero dizer simples, adequada à medida e à condição do homem.
Há então uma doença. E como acontece sempre quando há uma doença, o homem reage. Mas ele reage mal e fica infeliz por conta disso.
Em A Aventura, a catástrofe é uma impulsão erótica desse gênero: barata, inútil, infeliz. E não basta saber que é assim. Pois o herói (que palavra ridícula!) de meu filme percebe inteiramente da natureza grosseira da impulsão erótica que o domina, de sua inutilidade. Mas isso não basta.
Eis um outro mito que cai, essa ilusão de que basta SE CONHECER, analisar-se minuciosamente nas dobras mais recônditas da alma.
Não, isso não basta. A cada dia se vive "A Aventura", seja uma aventura sentimental, moral ou ideológica.
Mas, se nós sabemos que as velhas tabas da lei não oferecem mais que um verbo por demais decifrado, por que permanecemos fiéis a essas tabas? Eis uma obstinação que me parece tristemente comovente.
O homem, que não tem medo do desconhecido científico, tem medo do desconhecido moral”.
Há então uma doença. E como acontece sempre quando há uma doença, o homem reage. Mas ele reage mal e fica infeliz por conta disso.
Em A Aventura, a catástrofe é uma impulsão erótica desse gênero: barata, inútil, infeliz. E não basta saber que é assim. Pois o herói (que palavra ridícula!) de meu filme percebe inteiramente da natureza grosseira da impulsão erótica que o domina, de sua inutilidade. Mas isso não basta.
Eis um outro mito que cai, essa ilusão de que basta SE CONHECER, analisar-se minuciosamente nas dobras mais recônditas da alma.
Não, isso não basta. A cada dia se vive "A Aventura", seja uma aventura sentimental, moral ou ideológica.
Mas, se nós sabemos que as velhas tabas da lei não oferecem mais que um verbo por demais decifrado, por que permanecemos fiéis a essas tabas? Eis uma obstinação que me parece tristemente comovente.
O homem, que não tem medo do desconhecido científico, tem medo do desconhecido moral”.
"In short, Meatyard's work challenged most of the cultural and aesthetic conventions of his time and did not fit in with the dominant notions of the kind of art photography could and should be. His work sprang from the beauty of ideas rather than ideas of the beautiful. Wide reading in literature (especially poetry) and philosophy (especially Zen) stimulated his imagination. While others roamed the streets searching for America and truth, Meatyard haunted the world of inner experience, continually posing unsettling questions about our emotional realities through his pictures. Once again, however, he inhabited this world quite differently from other photographers exploring inner experience at the time. Meatyard's "mirror" (as John Szarkowski used the term) was not narcissistic. It looked back reflectively on the dreams and terrors of metaphysical questions, not private arguments of faith or doubt."
13.7.10
12.7.10
"I think that ideas exist outside of ourselves. I think somewhere, we're all connected off in some very abstract land. But somewhere between there and here ideas exist. And I think the mind isn't conscious enough to go all the way to where we're connected, but it's conscious of a certain amount of that territory. And when these ideas fly into the conscious part, then you can capture them. But if they're outside of the conscious part, you don't even know about them. So you just hope that you can make the conscious part of your mind bigger or that these ideas will fly into your airspace, so you can shoot them down and grab them and take them home. So that's all you try to do. Sometimes an idea will strike you when you're sitting in a quiet chair. But sometimes an idea will strike you when you're standing. Sometimes music will also help you. If I thought I could just sit still in a quiet place and get ideas, I would do that all the time, but sometimes nothing happens. There's no rhyme or reason to it. But you've got to write them down right away. I forget so many things. Then if I forget it and try to remember it, my whole day is ruined because I can't remember and I feel horrible. And I imagine that it was one of the all time great ideas. And it probably isn't."
"Não sei como me defender dessa ternura que cresce escondido e, de repente, salta para fora de mim, querendo atingir todo mundo. (...) Mas nunca alguém que eu possa acariciar os cabelos, apertar a mão ou deitar a cabeça no ombro. Sempre o mesmo círculo vicioso (...) Todos os dias o ciclo se repete, às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente. E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim."
"... tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, cara."
11.7.10
"Dizem que nós, seres humanos, somos animais racionais. Nossa crença nessa afirmação, nos leva a menosprezar as emoções e a enaltecer a racionalidade, a ponto de querermos atribuir pensamento racional a animais não-humanos, sempre que observamos neles comportamentos complexos. Nesse processo, fizemos com que a noção de realidade objetiva, se tornasse referência a algo que supomos ser universal e independente do que fazemos, e que usamos como argumento visando a convencer alguém, quando não queremos usar a força bruta."
9.7.10
"I always try to escape categories because where those categories are attached, predictable forms, they really have very much to do with market, or where to market the pictures. I'm interested in what's unpredictable, and I'm interested in what happens in the no-man's-land between known categories."
8.7.10
"No, I don't think you're ever an objective observer. By making a frame you're being selective, then you edit the pictures you want published and you're being selective again. You develop a point of view that you want to express. You try to go into a situation with an open mind, but then you form an opinion, and you express it in your photographs."
"Imagine a world, a universal society, where everything was interpreted as art. Everything had a meaning and a beautiful image to accompany it and we all lived peaceful and eventful lives. Imagine how perfect and almost frightening that is. Now image a poison that could counter that. What if industrialization started to take over. It spreads amongst realists destroys art one by one. The resistance would have to be the most amazing artist and people full of emotion in the world. "
Assinar:
Postagens (Atom)