28.2.10

"Meus olhos quase verdes de tanto amor recusado, emoções informuladas pelo silêncio de noturna precisão - tudo convergindo para a pedra."

(o abismo opera na criação)

23.2.10

"The truth is always an abyss. One must - as in a swimming pool - dare to dive from the quivering springboard of trivial everyday experience and sink into the depths, in order to late rise again - laughing and fighting for breath - to the now doubly illuminated surface of things."

20.2.10

"A única subjetividade é o tempo, o tempo não-cronológico (...) somos nós que somos interiores ao tempo (...) a interioridade na qual estamos, nos movemos, vivemos e mudamos."


(...)

"Outras imagens se apresentam, misturam-se no museu que talvez seja o da sua memória."

18.2.10

"I'm free, I think. I shut my eyes and think hard and deep about how free I am, but I can't really understand what it means. All I know is I'm totally alone. All alone in an unfamiliar place, like some solitary explorer who's lost his compass and his map. Is this what means to be free?"

4.2.10

"Tudo parece que é ainda construção mas é ruína..."

cansaço demais deveria extravasar pelos poros, e tornar a pele líquida.
os tecidos também sucumbiriam, e restariam apenas a desolação dos ossos.

(que em tais momentos, sinto isto e não tenho a quem exprimir)


ou por apenas excesso de puro azar, ou que não nasci muito pra isto.
e sou impedido de uma certa normalidade em ter romances, e toda a beleza que sinto que acompanha. uma tal beleza que também extravasa os poros, mas que não é líquida, é sólida.

vou sendo consumindo por ilusões e a minha idade torna-se um símbolo do que eu deveria viver, e não vivo.
restam apenas as tais das noites insuportáveis: o único realismo que define um cotidiano entorpecido e desolado.