29.6.11

"The more intensely you are alone, the more deeply you plunge into the state of solitude the more deeply you feel the connection."
"But in the end, he manages to resolve the question for himself - more or less. He finally comes to accept his own life, to understand that no matter how bewitched and haunted he is, he has to accept reality as it is, to tolerate the presence of ambiguity within himself."
"Ao longo das horas, dos dias, das semanas, das estações, você se desprende de tudo, desliga-se de tudo. Descobre, às vezes, quase com uma espécie de embriaguez, que você é livre, que nada lhe pesa, nada lhe agrada nem desagrada."

28.6.11

“(...) O drama de nosso século é a incomunicabilidade, que nos isola uns dos outros. Sua presença nos impede de resolver os problemas por nós mesmos. Mas não tenho a pretensão de encontrar uma solução”

26.6.11

"Narrator: It is a film. Everything is constructed. Still it hurts."
"I have a love in my life. It makes stronger than anything you can imagine."

há tempos que me percebi Barry Egan. há tempos que Lena Leonard só existe na ficção.
o tipo Barry é real demais para certas pessoas. complicado demais, diriam. demandam o tipo vazio e fácil de lidar.

22.6.11

"they say women are made of water. so are some men."

tudo provém de algo.
faça um filme sobre anjos caídos com uma grande angular.
don't analyse, stay lucid.
"(...) vc estava em movimento, vc estava deitada naquele palco, vc estava completa naquela foto em que eu via apenas parte do seu rosto, e então veio a sua voz, anunciando noites e tardes de encontros, noites e tardes para ouvir in rainbows, amnesiac, noites & tardes em que reencontramos nossos heróis, ian curtis foi o primeiro, dylan se aproximou de thom yorke até que chegássemos a daido, mr. daido moryiama (o homem das sombras e vestígios), eu sempre estive nas sombras, sempre estive no traço impreciso que não se identifica, na anotação incompleta e na letra que não se reconhece, vc sempre esteve no exato oposto: na luz excessiva que permite a suavidade, na precisão científica que permitia a angústia, no traço autêntico que eu nunca poderei alcançar - a sua dor é única, real, a minha se fragmenta tanto que ao se tornar múltipla permanece leve e narrativa, eu caminho como forma de reconhecer o movimento, vc sim está no verdadeiro fluxo, vc sim está naquela loja de discos com um cigarro aceso esperando pelo vinil de nara, vc sim está no leste - eu nunca estive - eu estava com os olhos baixos (...) entre esses extremos, entre a impossibilidade e o concreto, entre o momento em que eu baixei os olhos e vc acendeu o cigarro, o momento mais mágico, a sintonia mais visceral.. pois de tão rápido nada se percebe, uma intuição devastadora, uma sincronicidade anterior, um reencontro de séculos (...) e vc se aproximou sob a mesma intensidade, a mesma intuição que um dia me permitiu subir os olhos e a ver de costas - quando nossos rostos não se encontram, quando o seu grito é minha impermanência, eu posso dizer que sim, aceito essa aproximação, essa certeza de que vc está aqui, aqui dentro, quando dois se tornaram um, e nada mais precisa ser dito - o olhar já não permite o desvio."
"se sentir é criar,
e criar é estar vivo,
se estar vivo é encontrar,
e encontrar, na verdade, é reencontro,
se reencontro é privilegiar,
e privilegiar na verdade é esquecer,
posso resumir, de uma forma apressada, claro, todo o meu processo de escrever como um ato de esquecimento..

eu escrevo justamente porque esqueço..
esqueço tudo o que aconteceu.. tudo o que acabou de acontecer.. tudo o que está acontecendo justamente agora..

você sabe... estou aqui nesse café todas as noites,
como em uma espera, uma ante sala, um andar abaixo, quase como* (trecho não identificado da gravação)

eu escrevo porque é a melhor forma de se aproximar,
estar perto e não visível,
quase um desenho sonoro

você se lembra do bill evans?
vc se lembra daquelas noites no village?
ele falava daquele livro, lembra? aquele livro...

(nesse momento somos interrompidos por um grupo de amigos de jim)

vc ainda quer falar da escrita, cara? mas eu gosto mais é dos quadros..
bem.. eu escrevo.. eu escrevo porque essa foi (e sempre será) a melhor forma de não dizer..
de ocultar - tudo que se expressa aqui já é o desvio..
tudo que se representa já é limitado, vc sabe..

aquilo que sinto,
aquilo que trago aqui dentro de mais profundo,
isso eu ignoro e nunca poderei mostrar...

quando faço um filme, eu tento encarar todo esse processo como uma espécie de recordação..
eu visito as possíveis locações como se fossem vestígios de um lugar em que eu já estive..
eu olho atentamente para os atores buscando alguma sintonia improvável..
eu nunca quero o ator disponível, eu não quero aquele intérprete que quer trabalhar comigo..
eu quero justamente o que me diz não,
aquele que me ignora, que nunca me viu, que não pretende nada, que está isolado no bar pensando nas apostas que fez,
que não voltou ainda pois provavelmente não há para onde voltar..

e eu odeio terminar todo esse processo..
odeios a idéia de terminar um filme.. gosto do fotograma um a um.. gosto de ficar horas e horas no material bruto..
ali há uma música que dificilmente poderá ser ouvida novamente..

quando fiz o "blue in green", o evans me chamava toda noite.. não tinha energia elétrica na casa dele, não tinha mais bebidas, não tinha nada naquele apartamento..
a namorada dele o abandonou... a gente chegava do village e ele ficava tocando bach.. tinha uma ou outra vela por ali, vc sabe... um monte de livro de filosofia jogado...
ele me falava de uma garçonete pela qual ele se apaixonou...
mas havia tanta tristeza naquela paixão... tanta tristeza... não sei..

eu vi a dor mais profunda nos olhos daquele homem.
eu vi a solidão mais silenciosa..
afinal ele tocava todas as noites naquela época e tudo o que eu podia ouvir era o silêncio"

"Out of orbit
and I always will.

The pot is full,
let me take control,
let me take control."

21.6.11

"Tears alone
Lonely weapon
Art makes me forlorn
Art dies alone
Lonely army
Tears and alone
Art but alone
Here but alone
The weapon is lonely
Only art moves"

20.6.11

"Somebody calls you, you answer quite slowly,
A girl with kaleidoscope eyes."

17.6.11

"Don’t accept the habitual as a natural thing.
In times of disorder, of organized confusion,
of de-humanized humanity,
nothing should seem natural.
Nothing should seem impossible to change.”

16.6.11

"188.

O homem vulgar, por mais dura que lhe seja a vida, tem ao menos a felicidade de a não pensar. Viver a vida decorrentemente, exteriormente, como um gato ou um cão — assim fazem os homens gerais, e assim se deve viver a vida para que possa contar a satisfação do gato e do cão.

Pensar é destruir. O próprio processo do pensamento o indica para o mesmo pensamento, porque pensar é decompor. Se os homens soubessem meditar no mistério da vida, se soubessem sentir as mil complexidades que espiam a alma em cada pormenor da ação, não agiriam nunca, não viveriam até. Matar-se-iam de assustados, como os que se suicidam para não ser guilhotinados no dia seguinte."
"Las horas han perdido su reloj"

13.6.11

"All profound distraction opens certain doors. You have to allow yourself to be distracted when you are unable to concentrate."

12.6.11

"Experience teaches slowly and at the cost of mistakes"

(estupidez própria sempre pior do que a estupidez alheia)
"I sometimes longed for someone who, like me, had not adjusted perfectly with his age, and such a person was hard to find; but I soon discovered cats, in which I could imagine a condition like mine, and books, where I found it quite often."

(gatos não compensam, livros compensam parcialmente, cinema e foto compensam mais. ainda sim, tudo é sempre projeção de algo. nunca algo em si, nunca o tal do real)


25 anos nunca comemorados.

9.6.11

"No estábamos enamorados, hacíamos el amor con un virutosísimo desapego y crítico, pero después caíamos en silencios terribles..."
“My creatures are born of a long denial"

8.6.11

"Sentido do real; apego à realidade, ao concreto; atitude prática de quem encara de frente a realidade, evitando que abstrações ou fantasias intervenham em sua conduta"





(...)

7.6.11

"- We translate every situation, every experience into the same old codes. We just condition ourselves.

- We're creatures of habits"

3.6.11

"Just a little while back, just before I died in fact. I was on the operating table and I was searching to try to find something to hang on to, you know, cause when you're dying your life really does become very authentic and I was reaching for something to give my life meaning and a memory flashed through my mind: It was one of those great spring days, it was Sunday, and you knew summer would be coming soon. And I remember that morning Dorrie and I had gone for a walk in the park and come back to the apartment. We were just sort of sitting around and I put on a record of Louie Armstrong which was music I grew up with and it was very, very pretty, and I happened to glance over and I saw Dorrie sitting there. And I remember thinking to myself how terrific she was and how much I loved her. And I don't know, I guess it was a combination of everything, the sound of the music, and the breeze, and how beautiful Dorrie looked to me and for one brief moment everything just seemed to come together perfectly and I felt happy, almost indestructible in a way. It's funny, that simple little moment of contact moved me in a very, very profound way."