16.10.10

"O mundo é conduzido como um cilindro de borracha que cabe na mão; girando levemente à direita, todas as árvores são uma só árvore estendida à beira do caminho; então, gira-se um nada à esquerda, o gigante verde se desfaz em centenas de álamos que correm para trás, as torres de alta-tensão avançam pausadamente, uma a uma, a marcha é uma cadência feliz na qual já podem entrar palavras, fiapos de imagens que não as de uma estrada, o cilindro de borracha gira à direita, o som sobe e sobe, uma corda de som se estende insuportavelmente, mas já não se pensa mais, tudo é máquina, corpo pegado à maquina, e vento na cara como um esquecimento"

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