24.10.08

"Sinédoque, Nova Iorque", de Kaufman.

brilhante, meu preferido na mostra até agora..
li uma crítica que é um filme que tem a formula ideal e elementos para "sucesso cult".. enfim, isso é um ponto que acho irrelevante e que muitos criticos se perdem... é, antes de tudo, cinema autoral de alto nível, em meio ao main-stream de hollywood..

achei tão brilhante por ser o tipo de viagem ou loucura que flui o filme inteiro, sem interrupção. ou seja, a preocupação de lógica ou fatos se ligarem caem por terra, tendo bem menos coerência do que "brilho eterno..", por exemplo. (quanto mais ele viaja em loucuras q só ele entende, melhor...) o que sobra são as emoções e frustrações do dramaturgo lidando com a passagem do tempo, desgaste do seu corpo, aliado ao desejo de ser lembrando por sua obra; chegando no limite de que uma criação pode chegar e consumir um escritor.

e com uma das melhores atuações da carreira do Philip Seymour Hoffman, é extremamente superior a "be kind, rewind".

e espero que o Kaufman continue se "repetindo", se for o caso. porque, junto do David Lynch, é um dos melhores e mais autoriais cineasta/roterista, do atual cinema norte-americano. anos luz na frente de Tarantino, entre outros..

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