28.11.13
26.11.13
31.10.13
"E assim aqui estou, no meio caminho, tendo passado vinte anos —
Vinte anos muito mal gastos, os anos de l'entre deux guerres —
A tentar aprender a usar as palavras, e cada tentativa
É um inteiro recomeço e um diferente tipo de fracasso
Pois apenas se aprendeu a tirar o melhor das palavras
Para aquilo que já não tem de se dizer, ou para a maneira pela qual
Já não se está na disposição de o dizer. E assim cada investida
É um novo começo, uma incursão no inarticulado
Com equipamento gasto sempre pronto a deteriorar-se
Na desordem geral de sentimentos imprecisos,
De indisciplinados pelotões de emoção. E o que há para conquistar,
Por força e obediência, já antes foi descoberto
Uma vez ou duas, ou várias vezes, por homens que não podemos ter esperança
De emular — mas não se trata de competição —
Trata-se apenas da luta para recuperar o que se perdeu
E achou e perdeu outra e outra vez: e agora, sob condições
Que parecem desfavoráveis. Mas talvez nem ganho nem perda.
Para nós, há apenas a tentativa. O resto não é conosco.
A casa é de onde se começa. À medida que envelhecemos
O mundo fica mais estranho, o padrão mais complicado
De mortos e de vivos. Não o momento intenso
Isolado, sem antes nem depois,
Mas uma vida inteira a arder em cada momento
E não a vida inteira de apenas um homem
Mas de velhas pedras que não podem ser decifradas.
Há um tempo para o anoitecer sob a luz das estrelas,
Um tempo para o anoitecer sob a luz do candeeiro
(A noite com o álbum das fotografias).
O amor é mais aproximadamente ele próprio
Quando o aqui e o agora deixam de importar.
Os homens quando velhos deviam ser exploradores
Aqui ou acolá não importa
Temos de estar quietos e quietos mover-nos
Para uma outra intensidade
Para uma ulterior união, um comungar mais fundo
Através do frio escuro e da desolação vazia,
O grito da onda, o grito do vento, as vastas águas
Da procelária e do golfinho. No meu fim está o meu começo."
Vinte anos muito mal gastos, os anos de l'entre deux guerres —
A tentar aprender a usar as palavras, e cada tentativa
É um inteiro recomeço e um diferente tipo de fracasso
Pois apenas se aprendeu a tirar o melhor das palavras
Para aquilo que já não tem de se dizer, ou para a maneira pela qual
Já não se está na disposição de o dizer. E assim cada investida
É um novo começo, uma incursão no inarticulado
Com equipamento gasto sempre pronto a deteriorar-se
Na desordem geral de sentimentos imprecisos,
De indisciplinados pelotões de emoção. E o que há para conquistar,
Por força e obediência, já antes foi descoberto
Uma vez ou duas, ou várias vezes, por homens que não podemos ter esperança
De emular — mas não se trata de competição —
Trata-se apenas da luta para recuperar o que se perdeu
E achou e perdeu outra e outra vez: e agora, sob condições
Que parecem desfavoráveis. Mas talvez nem ganho nem perda.
Para nós, há apenas a tentativa. O resto não é conosco.
A casa é de onde se começa. À medida que envelhecemos
O mundo fica mais estranho, o padrão mais complicado
De mortos e de vivos. Não o momento intenso
Isolado, sem antes nem depois,
Mas uma vida inteira a arder em cada momento
E não a vida inteira de apenas um homem
Mas de velhas pedras que não podem ser decifradas.
Há um tempo para o anoitecer sob a luz das estrelas,
Um tempo para o anoitecer sob a luz do candeeiro
(A noite com o álbum das fotografias).
O amor é mais aproximadamente ele próprio
Quando o aqui e o agora deixam de importar.
Os homens quando velhos deviam ser exploradores
Aqui ou acolá não importa
Temos de estar quietos e quietos mover-nos
Para uma outra intensidade
Para uma ulterior união, um comungar mais fundo
Através do frio escuro e da desolação vazia,
O grito da onda, o grito do vento, as vastas águas
Da procelária e do golfinho. No meu fim está o meu começo."
28.10.13
4.10.13
1.10.13
20.9.13
13.9.13
4.9.13
"'No fundo, poderíamos ser como na
superfície', pensou Oliveira, 'mas teríamos de viver de outra maneira. E
o que quer dizer viver de outra maneira? Talvez viver absurdamente para
acabar com o absurdo (...) E por isso lhe ocorria agora aquilo que, na verdade, deveria ter
lhe ocorrido logo no início: se alguém não tem domínio sobre si, jamais
poderia ter alcançado a singularidade. E, afinal, quem é que se dominava
de verdade? Quem é que tinha a perfeita consciência de si, da solidão
absoluta que significa nem sequer contar com a própria companhia, que
significa ter de entrar num cinema ou num bordel, ou em casa de amigos
ou numa profissão absorvente ou, ainda, no matrimônio para estar, pelo
menos, só entre os demais? Assim, paradoxalmente, o cúmulo da solidão
conduzia ao cúmulo do gregarismo, à grande solidão das companhias
alheias, ao homem só na sala de espelhos e dos ecos. Todavia, pessoas
como ele e tantas outras, que aceitavam a si mesmas ou que se
rejeitavam, mas conhecendo-se de perto, caíam sempre no pior paradoxo;
estar talvez á beira da singularidade e não poder alcançá-la. A
verdadeira singularidade feita de delicados contatos, de maravilhosos
ajustes com o mundo, não podia ser cumprida por um só lado: a mão
estendida deveria receber outra mão, vinda de fora, vinda do outro"."
28.8.13
13.8.13
27.7.13
19.7.13
14.7.13
30.6.13
22.6.13
31.5.13
"Within our lifetimes, we've marveled as biologists have managed to look
at ever smaller and smaller things. And astronomers have looked further
and further into the dark night sky, back in time and out in space. But
maybe the most mysterious of all is neither the small nor the large:
it's us, up close. Could we even recognize ourselves, and if we did,
would we know ourselves? What would we say to ourselves? What would we
learn from ourselves? What would we really like to see if we could stand
outside ourselves and look at us?"
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