cansaço demais deveria extravasar pelos poros, e tornar a pele líquida.
os tecidos também sucumbiriam, e restariam apenas a desolação dos ossos.
(que em tais momentos, sinto isto e não tenho a quem exprimir)
ou por apenas excesso de puro azar, ou que não nasci muito pra isto.
e sou impedido de uma certa normalidade em ter romances, e toda a beleza que sinto que acompanha. uma tal beleza que também extravasa os poros, mas que não é líquida, é sólida.
vou sendo consumindo por ilusões e a minha idade torna-se um símbolo do que eu deveria viver, e não vivo.
restam apenas as tais das noites insuportáveis: o único realismo que define um cotidiano entorpecido e desolado.
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